Trabalho Escrito

Olá queridos Leitores,
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Influência da mídia na cultura dos jovens







Nomes:  Camila Freitas Dos Santos       N° 06
                Luísa Cóscia Gasparoti             N° 19
               Mariangela Aparecida Cabelo   N° 22
               Stefanie V. Rodrigues Pereira   N° 31
               Tamiris Cristina Carrara            Nº 36
Turma: 71A – 2012





DEDICATÓRIA
Dedicamos este trabalho primeiramente a Deus, pela fé e perseverança que tem nos dado. A nossos pais, pelo apoio constante na realização deste. Aos professores Rodrigo F. Carvalho e Silmara C. N. Sanches, pela dedicação com a qual nos orientou, transmitindo um exemplo de empenho e disposição ao trabalho.


TEMA

A influência da mídia na cultura dos jovens.

INTRODUÇÃO

            Atualmente os meios de comunicação tem grande presença em nosso cotidiano, facilitando não só a interação entre as pessoas, mas também o aprendizado e a atualização com o mundo.
            Através do seu poder de persuasão a mídia consegue influenciar todas as áreas da vida humana como hábitos, consumo, comportamento e também na formação da opinião do homem, atingindo em sua maior parte a juventude.
            Neste trabalho serão apresentadas as mudanças ocorridas no modo de agir dos jovens através de pesquisas e gráficos mostrados ao longo deste projeto. 

 

JUSTIFICATIVA

O tema foi escolhido, pois se trata de um assunto atual, “A influência da mídia na cultura do jovem”. Não se pode negar que a mídia alcançou um lugar dominante no dia a dia das pessoas e que tem um grande poder, pois a cada dia novos meios de mídia social vêm surgindo e se estabelecendo diariamente.
A liberdade de comunicação interativa, combinada à facilidade de uso desses meios, forma o alicerce para que as mídias sociais possam ser classificadas como um dos maiores meios que influenciam pessoas e decisões.
          Além do mais é um tema inédito, como nunca foi abordado anteriormente por outro grupo decidimos com mais convicção escolhê-lo. 


 

OBJETIVOS

GERAL

O Maior objetivo deste trabalho é mostrar através de dados estatísticos a maneira que as mídias sociais influenciam na cultura dos jovens de hoje, seja na maneira de vestir, na alimentação ou no comportamento.

 

ESPECÍFICOS

Questionando jovens de 12 a 27 anos, nossos objetivos específicos são saber se a mídia influenciou no consumo, hábitos, alimentação, padrão de beleza, entretenimento, e na interação do jovem com a sociedade. Também analisar a mudança sofrida no cotidiano destes, através da comparação com uma pesquisa feita separadamente com jovens da geração passada.
A mídia influenciou nas compras desses adolescentes? Seja pelo rádio, TV ou internet, estamos sempre expostos a propagandas que muitas vezes usam meios convidativos, chamativos e que realmente acabam atraindo qualquer tipo de pessoa, independente da idade, ou condição financeira.
Será que alguns deles já se arrependeram por comprar algum produto por que foi induzido pela mídia?
 Porque esses jovens usam roupas de marcas? Será que é pelo conforto e qualidade, será que é por estar na Moda, ou porque todos usam?
Será que os adolescentes de hoje, não se sentem mais satisfeitos com seu corpo? A mídia transmite um padrão de beleza que sempre é desejado por muitos, e o público mais atingido, são os jovens, que muitas vezes acabam indo ao extremo apenas para terem um corpo “ideal” ao padrão da mídia.

POPULAÇÃO

            Foram entrevistados jovens de 13 a 21 anos, das cidades de Bariri e Bauru, com respectivamente 31 603 e 346 076 habitantes. 
(Censo IBGE/2010 e 2011)

 

AMOSTRA 

Bauru:
- Colégio Técnico Industrial Professor Isaac Portal Roldán: 18 alunos;
- Escola Estadual Antônio Guedes de Azevedo: 72 alunos;
- SESI - 358: 51 alunos;    
- GBI: 33 alunos;
 
Bariri:
-Escola Estadual Prof.ª Ephigênia Cardoso Machado Fortunato: 29 alunos;
 
Total de jovens entrevistados: 203

 

DADOS COLETADOS

QUESTIONÁRIO

Influência das mídias sociais no consumo, hábitos, alimentação, padrão de beleza, entretenimento, limites estabelecidos, conhecimento e relações sociais do jovem.
1 - Gênero
a ( ) Feminino b ( ) Masculino
2 - Idade: ________

3 - Você acredita que a mídia influencia nas suas compras (Internet, Tv, rádio e etc.)?
a ( ) Sim, influencia. b ( ) Não influencia.

4 - Você já se arrependeu de comprar algum produto porque foi induzido pela
mídia?
a ( ) Sim b ( ) Não
5 - Você compra produtos de marcas?
a ( ) Sim b ( ) Não

6 - Se sim, na pergunta anterior, Por que você compra produtos de marca?
a ( ) Conforto, qualidade e durabilidade
b ( ) Moda
c ( ) Porque todos usam
d ( ) Por Status (ficar popular, descolado)

7 - Qual a principal atividade que você faz no seu tempo livre?
a ( ) Estuda
b ( ) Pratica Esporte
c ( ) Internet, TV.
d ( ) Shopping, cinema.
e ( ) Sair na rua (brincadeiras)

8 - Você geralmente estuda fora do período de aula?
a ( ) Sim b ( ) Não

9 - Se sim, quantas horas? _________________.

10 - Quantas horas você passa conectado diariamente?
a ( ) Menos de 1 hora
b ( ) De 1 a 2 horas
c ( ) De 3 a 5 horas
d ( ) De 6 a 8 horas
e ( ) Mais de 8 horas

11 - Quantas vezes por semana você se alimenta com alimentos prontos? *
Congelados, Instantâneos, etc.
a ( ) Entre 1 e 2 vezes
b ( ) Entre 3 e 4 vezes
c ( ) Diariamente
d ( ) Apenas Finais de Semana
e ( ) Raramente

12 - Quantas vezes por semana você consome refrigerante:
a ( ) todos os dias da semana
b ( ) de 3 a 4 vezes por semana
c ( ) uma vez por semana
d ( ) não consumo refrigerante
e ( ) raramente

13 - Você se sente satisfeita (o) com seu corpo? Gostaria de mudar?
a ( ) Não, gostaria de mudar.
b ( ) Sim, estou satisfeita(o).
c ( ) Não estou satisfeita(o), mas não mudaria

14 -Quais seus programas preferidos na TV :
a ( ) novelas
b ( ) reality show
c ( ) esportes
d ( ) documentários
e ( ) séries
f ( ) outros

15 - Há controle do conteúdo pela família pelo acesso a internet, revistas, TV,
etc.?
a ( ) Sim b ( ) Não

16 - Você usa a internet para fazer pesquisas, trabalhos escolares ou projetos?
a ( ) Sim b ( ) Não

17 - Você já participou de campanhas promovidas pelas mídias visando o bem
comum (ajuda humanitária, ecológica, ações políticas e sociais etc.)?
a ( ) Sim b ( ) Não


 

GÊNERO

OBJETIVO

 Através desta questão, procuramos identificar a quantidade de homens e mulheres de nossa amostra.
Como podemos ver no gráfico, a quantidade de pessoas do sexo feminino é
maior que as do sexo masculino.


TABELA
 
 

GRÁFICO



 




 

IDADE

OBJETIVO

Esta questão tem como objetivo saber especificamente a idade dos jovens entrevistados, pertencentes à faixa de 12 a 27 anos.
Através do gráfico, percebemos que a maioria dos entrevistados tem idade entre 12 a 16 anos.
 

ROL

 

TABELAS

 

GRÁFICO

 
 
 

VOCÊ ACREDITA QUE A MÍDIA INFLUENCIA NAS SUAS COMPRAS?


OBJETIVO

Esta questão tem como objetivo mostrar se as pessoas têm consciência da influência da mídia em relação ao consumo.

TABELA


GRÁFICO

 



OBSERVAÇÕES


Através dos resultados obtidos, percebemos que 90% dos jovens entrevistados reconhecem a influência que a mídia exerce em suas compras.


Ao compararmos o resultado com o obtido na pesquisa comparativa feita com adultos, podemos perceber que a mídia tem maior presença nos dias atuais, do que nas gerações passadas.


VOCÊ JÁ SE ARREPENDEU DE TER COMPRADO ALGUM PRODUTO PORQUE FOI INDUZIDO PELA MÍDIA?

 

OBJETIVO

Esta questão tem como objetivo mostrar se os jovens se arrependem de ter comprado algum produto porque foram persuadidos.

TABELA






GRÁFICO






 


VOCÊ COMPRA PRODUTOS DE MARCAS?
 

OBJETIVO

Esta questão tem como objetivo avaliar se os entrevistados consomem produtos de marcas.

TABELA

 
 

GRÁFICO








OBSERVAÇÕES

         Percebemos que na atualidade o consumo de produtos de marcas entre os jovens é mais frequente que nas gerações anteriores.


MOTIVO DA COMPRA DE PRODUTOS DE MARCA
 

OBJETIVO

Esta questão tem como objetivo saber por que as pessoas optam por comprar produtos de marcas.
 

TABELA



GRÁFICO






QUAL A PRINCIPAL ATIVIDADE QUE VOCÊ FAZ EM SEU TEMPO LIVRE?




OBJETIVO

Esta pergunta tem como objetivo mostrar qual a atividade mais comum nos dias atuais.

TABELA


GRÁFICO

 




OBSERVAÇÕES

Podemos perceber que com o surgimento de novos meios de comunicação, os jovens mudaram as suas atividades, deixando as brincadeiras de rua onde tinham um maior contato pessoal, e passando a ficar conectados ou assistindo TV, tendo um contato mais superficial, logo estarão se isolando cada dia mais da sociedade. 

 

VOCÊ ESTUDA FORA DO PERÍODO DE AULA?

OBJETIVO

Esta questão tem como objetivo mostrar se os jovens se dedicam aos estudos além do período escolar.

TABELA

 

GRÁFICO





 


 
HORAS DEDICADAS AO ESTUDO EXTRACLASSE

OBJETIVO

             Esta questão tem como objetivo mostrar o período de dedicação ao estudo de cada jovem da amostra, e relacioná-lo ao tempo dedicado à internet.


ROL

 

 

TABELA


 

 

GRÁFICO





 

HORAS DE CONEXÃO DIÁRIA

OBJETIVO

Esta questão tem como objetivo mostrar o tempo que os jovens se dedicam à internet.

 

TABELA

 

GRÁFICO





 
 

OBSERVAÇÕES

Ao comparar os gráficos, podemos perceber um grande contraste em relação ao uso da internet. Eram poucos os jovens das gerações passadas que a utilizavam, muitos brincavam na rua com os amigos (ver gráfico comparativo página 25 ), já a maioria dos jovens de hoje passam muito mais tempo conectados. Percebemos assim, o grande avanço da tecnologia e sua presença no cotidiano.


QUANTAS VEZES POR SEMANA VOCÊ SE ALIMENTA COM ALIMENTOS PRONTOS?

OBJETIVO

O objetivo desta questão é mostrar se a mídia influencia na alimentação dos entrevistados.

TABELA


 GRÁFICO

 



 

OBSERVAÇÕES

Ao comparar os dados da pesquisa com os jovens de hoje e os das gerações anteriores percebemos que há uma grande diferença nos hábitos alimentares. O consumo de alimentos instantâneos sofreu um grande aumento, já que 63% da nossa amostra a pesquisa comparava afirmou que não consumiam esse tipo de alimento, já a maioria dos jovens atuais afirma que consomem de 1 a 2 vezes a semana.


QUANTAS VEZES POR SEMANA VOCÊ CONSOME REFRIGERANTE?

OBJETIVO

Através desta questão temos como objetivo mostrar se a má alimentação está ligada aos meios de comunicação.

TABELA


 

GRÁFICO








VOCÊ SE SENTE SATISFEITA (O) COM SEU CORPO?

OBJETIVO

Esta questão tem como objetivo mostrar se os entrevistados estão ou não satisfeitos com o corpo, esta satisfação depende de quão mais perto as medidas do corpo estão próximas do padrão.

TABELA


 

GRÁFICO








 

QUAIS SEUS PROGRAMAS PREFERIDOS NA TV?

OBJETIVO

O objetivo desta questão é mostrar qual o programa que os jovens têm maior preferência. 

 

TABELA

 

 

GRÁFICO



*Outros: Animes, filmes, humorísticos.


HÁ CONTROLE DO CONTEÚDO PELA FAMÍLIA AO ACESSO A INTERNET, REVISTAS, TV?

OBJETIVO

O objetivo desta questão é mostrar se os pais têm conhecimento do conteúdo que os filhos têm acesso.

 

TABELA

 

GRÁFICO



 




 


 
VOCÊ USA A INTERNET PARA FAZER PESQUISAS, TRABALHOS ESCOLARES OU PROJETOS?

OBJETIVO
           O objetivo desta questão é mostrar se os jovens da amostra utilizam a internet como uma ferramenta de pesquisa, auxiliando, por exemplo, em trabalhos e projetos.
TABELA



GRÁFICO

 




PARTICIPAÇÃO EM CAMPANHAS PROMOVIDAS PELA MÍDIA VISANDO O BEM COMUM

OBJETIVO

A mídia pode influenciar tanto de forma positiva como de forma negativa, portanto, através desta questão temos como objetivo mostrar se os jovens utilizam os meios de comunicação de forma positiva, participando de campanhas que visam ajudar o próximo.

 

TABELA


GRÁFICO




CONSIDERAÇÕES FINAIS



            Nos dias atuais o avanço tecnológico é cada vez mais rápido e o número de informações que recebemos também. Logo ficamos cada vez mais expostos a novas ideias e opiniões através dos meios de comunicação. A influência da mídia na cultura do jovem é um tema muito abrangente levando-nos a tirar várias conclusões. Através do levantamento dos dados da pesquisa e compará-los com a pesquisa feita com gerações anteriores percebemos a mudança ocorrida no estilo de vida dos adolescentes e jovens. Ao mesmo tempo em que os meios de comunicação facilitaram suas vidas, também a prejudicaram, levando-os a um individualismo cada vez maior.
            Após trabalhar com esse tema durante praticamente um ano, descobrimos que os jovens tem consciência do que lhes é passado através da mídia. A utilização de jornais, internet e TV, por exemplo, ajudou-os a terem um maior acesso ao conteúdo escolar facilitando a realização de pesquisas e trabalhos escolares.
 A maioria dos jovens tem acesso à internet e ficam, embora, seja um número não muito grande, a maior parte do tempo conectados, se relacionando  de forma virtual e consequentemente, se isolando cada vez mais das pessoas ao seu redor.
O tempo livre é considerado o tempo para se conectar com o mundo e ao mesmo tempo de isolar dele. Antes os jovens não conheciam o grande numero de culturas e línguas como hoje, porém compreendiam tudo da cultura do lugar em que estavam, conheciam não só a cultura como também as pessoas, companheiras de brincadeiras e passeios, e através da comunicação física, criavam laços duradouros de amizade.
            Em um mundo onde o capitalismo impera sobre decisões e pessoas, a mídia é um instrumento fundamental na dispersão de ideias e modelos a serem seguidos, visando sempre o lucro. Os jovens de nossa amostra relataram que sentem a influencia da mídia na hora de comprar algum produto, muitas vezes estes produtos são mostrados de forma indireta através de programas televisivos, ou mesmo com uma propaganda que mesmo que não tenham a necessidade dele, compram, por uma simples vontade. A compra de produtos de marca se dá, além do conforto e da qualidade, também pela moda, esta passageira, de forma a se modificar de forma tão rápida que se torna quase impossível acompanhá-la. Na idade juvenil, os jovens buscam criar sua identidade, se auto afirmarem, assim são alvos mais propensos a caírem no consumismo e no modismo, procurando usar não só um produto que irá engrandecê-lo, mas também ter o corpo ideal. As mulheres são as mais atingidas, muitas não se sentem satisfeitas com o corpo, procurando obtê-lo através de várias formas: exercícios físicos exagerados, má alimentação, ultrapassado os limites do próprio corpo. A alimentação entre os jovens inclusive deixa a desejar atualmente, antes os hábitos alimentares eram mais saudáveis, a maioria deles não consumiam alimentos industrializados, instantâneos e raramente bebiam refrigerantes, hoje o consumo destes produtos chegam a ser diários em certos casos.
            Ao aprimorarmos o nosso conhecimento no assunto e analisar os dados ficamos satisfeitas, porque além de aprofundarmos nossos conhecimentos sobre o assunto, ficamos refletindo e analisando o impacto que a mídia traz para o cotidiano dos jovens. Assim concluímos que a mídia nos proporciona um grande intercâmbio cultural, e como jovem devemos aproveitá-lo ao máximo, visando o melhor não só para nós, mas para toda a sociedade.
“Dar o exemplo não é a melhor maneira de influenciar os outros. É a única.”
(Albert Schweitzer)


ANEXOS

ANEXO A – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Referência 1 –

A Influência da mídia na vida dos adolescentes.
Relações entre estética, consumismo e as psicopatologias
Introdução
    A indústria cultural se apresenta como um instrumento de grande poder, onde através da sua influência na formação de nossa identidade, acaba por alterar e enfraquecer a nossa autonomia, através de um processo de alienação. Existem diversos veículos desta poderosa indústria, entre os quais os mais utilizados atualmente são a televisão e a internet. Estes recursos da mídia são bem utilizados para adquirir a atenção de todos, para dominar as mentes e passar o que é o “melhor”, o ter e o ser um corpo idealizado.
    Entre os adolescentes está sendo uma maneira de tentar fazer com que eles fiquem dentro de casa o maior tempo possível, fazendo com que percam o senso crítico, social e político, e passam a discutir qual a cor mais bonita da sandália da “moda”, qual o carro mais veloz, qual creme deixa a pele mais bonita, que blusa te deixa mais forte, itens esses totalmente dominados pela poderosa indústria cultural. Os jovens mostram-se atentos à imagem que têm, não tratam a roupa e o corpo de uma forma ingênua e desavisada. Têm consciência de que esta pode permitir o trânsito pelos espaços que querem frequentar, ou impedir a circulação. O jovem da atualidade não absorve um estilo por tradição, mas faz uma escolha de estilos. (CASTRO, 2001)
    Porém, esquecem-se dos riscos da má utilização destes recursos, de tal forma que diversas doenças estão diretamente ligadas a essa indústria, dentre as quais uma novidade se apresenta a Oneomania que é a doença do consumismo exagerado.
    Esta doença foi identificada primeiramente em adultos, porém pesquisas revelam que a partir da adolescência já existem indícios da manifestação da doença. Através da mídia os adolescentes se inspiram e já sentem necessidade de comprar compulsivamente, seja para sentirem-se superior em relação aos colegas ou pelo simples fato de comprar. Os índices da doença já são tão alarmantes que já existem grupos de ajuda, para quem sofre desse mal.
    O conhecimento e a ressignificação dos códigos culturais, tem sido uma grande estratégia de uma ideologia voltada para transformação de pessoas em consumidores, estas intervenções tem criado inúmeras patologias, tais como a bulimia, anorexia, vigorexia, e em especifico a oneomania, que tem uma forte relação com os jovens e a mídia, que no papel de mediadora acaba por agravar estas patologias tão propaladas nesta sociedade contemporânea.
Desenvolvimento
            Antes de analisar a psicopatologia em si, devemos entender cada subtema, a adolescência, a estética, a mídia, o consumismo e só então a oneomania.
    Podemos dizer que a fase da adolescência é uma das mais polêmicas, complexas, considerada idade da crise, "fase inquieta e conturbada", "período tenso", entre outros conceitos, e ousamos a dizer quase impossível de ser compreendidas pelos próprios e pelos adolescentes.
    A adolescência como a própria origem da palavra diz, é a condição, processo, etapa aue um ser em desenvolvimento vive ("ad" = "em direção a" + "olescer" = "desenvolver/ tornar-se jovem, autônomo"). Nos dicionários, “o período que se estende da terceira infância até a idade adulta, caracterizado psicologicamente por intensos processos conflituosos e persistentes esforços de autoafirmação. Corresponde à fase de absorção dos valores sociais e elaboração dos projetos que impliquem plena integração social“ (FERREIRA, 1975, p.39).
    Pesquisadores como Stanley Hall (1904), consideram a adolescência como um novo nascimento, um período dramático marcado por conflitos e tensões. Estes adolescentes apresentam como objetivo curtir a vida se divertir, aproveitar o máximo o seu tempo livre, viver a sociabilidade com os amigos, e usufruir diferentes formas de lazer, e dos produtos da cultura de massa aparecem como os elementos que mais fortemente definem a condição dos adolescentes. O que faz com o tempo livre, raramente esteja ligado com atividades que possam desenvolver neles um senso critico a respeito da manipulação a qual estão submetidos. Usam e abusam do seu tempo livre a serviço do fortalecimento das ideias propagadas pela indústria cultural, sendo estas consideradas como "miséria cultural", e que ganham força nas praticas da juventude, que até já ganhou o título de "geração Shopping Center", sendo orientada de certa maneira pelo consumismo pelo modismo, dominada pela televisão.
    Pode-se dizer que muitos adolescentes apresentam a preocupação com a estética, o culto ao corpo é presente cada vez mais cedo na vida desses meninos e meninas. Os hábitos saudáveis estão sendo deixados de lado por estarem virando obsessão. Inicialmente era uma maneira de manter ou recuperar a vitalidade e o bem estar físico, agora virou uma fixação, onde o que era cuidado acabou virando idolatria do corpo, e a este “culto” convencionou-se chamar de Corpolatria (culto exagerado ao corpo). Meninos sonhando com aqueles músculos, os chamados “sarados” e as meninas tendo sempre aquela ilusão do corpo perfeito, magérrimo, “corpo de modelo”, assim todos ficam felizes.
    Muitas vezes para conseguir esse corpo ideal, passam por cima de outros aspectos indispensáveis para resultados saudáveis, às vezes por falta de informação ou por negligencia dos profissionais ligados a área, começam a frequentar academias sem a idade adequada, sem acompanhamento medico, utilizando-se de produtos prejudiciais a saúde. Um corpólatra, nunca está satisfeito com o que vê diante do espelho, e acha que sempre tem algo para aperfeiçoar. O número de adolescentes que buscam emagrecer de formas variadas, muitas das vezes sem consulta médica, tomando medicamentos por conta própria, vem crescendo cada vez mais no país, devido a busca incessante para alcançar o “padrão” idealizado por estas mídias, acabam recorrendo às cirurgias plásticas, gastos excessivos com roupas e tratamentos estéticos, abuso da musculação e uso de anabolizantes, entre outros recursos.
 
    Vale citar os adolescentes que fazem cirurgias plásticas por vaidade. Um público cada vez maior e, principalmente, bem mais diversificado recorre aos consultórios dos principais cirurgiões em busca, antes de qualquer outra coisa, de um maior “bem estar” com o próprio corpo. Os homens, que há cinco anos eram apenas 5% dos operados, estão contribuindo para engrossar as estatísticas. Hoje já representam 30% do total. Os jovens também estão recorrendo à plástica no Brasil como em nenhum outro país. Pacientes menores de 18 anos já chegam a 13% do total, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia, a estatística é de que no ano 2009.
    Existe uma relação destes números com o que a grande mídia televisiva apresenta diariamente envolvendo a estética, uma vez que muitas adolescentes ficam na frente desta caixinha mágica de cores, e passam a querer ter o que chamam de padrão estético, dito “ideal”, que são explorados dentro da programação televisiva o tempo todo, onde dificilmente é possível ver um artista fora destes padrões.
    Quando um adolescente chega num grupo hoje e não está “antenado”, como eles dizem passa a ser considerada carta fora do baralho. Você ter o tênis, roupa, bolsas, acessórios de maneira geral de forma um indivíduo completo, tendo todos os olhares em volta de si.
    Ao assistirmos televisão, não conseguimos admirar a parte artística e cultural que está incluída neste veiculo da indústria cultural, pois tudo foi programado para isso mesmo, devido a velocidade e intensidade destas imagens, a fisiologia ótica humana não está apta a alcançar tal rapidez, deixando que certas informações não sejam percebidas, e por outro lado, temos mensagens subliminares, que parecem não serem vistas porem sem percebermos sofremos influencias.
    As imagens projetadas pela TV, arte consumida calçando meias e servindo café em confortáveis poltronas, é que se transportam para o deserto árido que se tornou a mente humana. A velocidade de sucessão destas imagens não permite contemplações, o olho cansa-se inutilmente em tentar fixar alguma cena (BENJAMIN, 1983, p.25).
    Pode-se considerar que a televisão é como, "a vida que falta em nossas vidas" (MORIN, 1997). O espectador passa a transferir seus desejos, vontades, para aquela caixinha bem a sua frente, uma ilusão, como intuito de fugir da realidade.
    Para Bauman (2004), o indivíduo da modernidade líquida se constitui por inúmeros mal-estares, sentimentos de aflição, insegurança, depressão, ansiedade; já que são constantemente ameaçados pela possibilidade de se tornarem supérfluos: lixo.
    Na teoria da modernidade líquida pode ser observado um fato de extrema importância que está ocorrendo atualmente, que é a chamada oneomania (consumo exacerbado), uma doença que vem se verificando cada vez mais presente na sociedade contemporânea. O distúrbio pode atingir qualquer pessoa, independente de classe social, religião ou formação intelectual. Pode ser tratado por terapeutas, psicólogos, psiquiatra ou especialistas. O sexo feminino é o mais afetado por esta psicopatologia.
    A doença pode estar associada a problemas de ansiedade, humor, dependências de substâncias psicoativas (álcool, drogas e medicamentos), transtornos alimentares (anorexia e bulimia) e descontroles impulsivos.
    Com tudo o que vivemos, não só os adultos, como os adolescentes também passam a ser acometidos por alguns desses tipos de patologias, sem muitas vezes nem perceberem. A oneomania, conhecida como a “mania de comprar”, pode apresentar um primeiro sintoma quando a pessoa acredita que precisa, necessita de certas coisas que na verdade não precisa. Essa doença é considerada como um vício, como os alcoólatras, é algo que precisa de tratamento, e quanto mais cedo melhor. Enquanto está comprando, a pessoa sente alívio e prazer dos sintomas, que passado um tempo voltam rapidamente. O efeito do ato de comprar é semelhante ao de tomar uma droga.
    A oneomania pode estar relacionada a diversos fatores que sirvam para aliviar sentimentos de grande frustração, vazio e depressão, em um desejo de possuir, de ter poder, que fica reprimido. Ao não conseguir dar vazão ao seu desejo, a pessoa sofre uma enorme pressão interna que a leva à necessidade de possuir coisas novas como única forma de prazer. O fator essencial para o controle desta psicopatologia é a organização financeira, saber quanto se ganha e quanto se gasta é a chave para o controle.
Metodologia
A pesquisa se caracteriza como uma pesquisa descritiva, com delineamento de estudo de campo, a pesquisa foi realizada através de dois questionários, o primeiro para a identificação do público-alvo contendo 9 perguntas objetivas e o segundo contendo 3 perguntas objetivas para saber se o objetivo foi alcançado. A amostra foi constituída por um N de 38 alunos, com idades entre 15 e 17 anos, do Colégio Santa Mônica da unidade da Taquara-RJ. Foi realizado um evento, com orientação de uma psicóloga e apresentação de um vídeo, com o intuito de intervir para modificar essas e outras questões com relação à influência da mídia na vida desses adolescentes.
 

    Se a maioria das respostas foi sim, você deve dar importância a essa possível doença e se for o caso buscar. Mas somente um diagnóstico psicológico pode dizer se você é ou não um comprador compulsivo ou uma oneomaníaco. Quanto mais rápido for tratado, maiores são as chances de cura.
Nível 1 – 0 - não há indícios
Nível 2 - 1 ou 2 - levemente influenciado
Nível 3 - 3 ou 4 - moderadamente influenciado
Nível 4 - 5 ou mais - fortemente influenciado
 
Resultado e discussão
Realizada a aplicação do questionário, os dados coletados foram calculados e organizados nos critérios estabelecidos para a discussão.
    Os gráficos foram separados por sexo para analisarmos separadamente, para a questão ser mais detalhada e melhor entendida.

Feminino

 

Neste gráfico, observamos que 63% das adolescentes sofrem uma forte influência da mídia, 31% sofrem uma moderada influência, 6% uma leve influência da mídia. Os dados apresentados nos revelam a grande importância de ações organizadas pelos principais atores da formação destes adolescentes. A Educação Física como área de saúde, e uma das quais estes jovens têm maior contato, tem a incumbência de intervir neste aspecto, pois por ser componente curricular do nosso sistema educacional com grande poder de mediador devido as suas características, não pode iludir suas responsabilidades, e deve promover alterações significativas deste comportamento, que por ser algo relativamente novo demanda maiores estudos.
Masculino 
 
Já neste gráfico, observamos que 36% dos adolescentes do sexo masculino sofrem uma forte influência da mídia, 23% sofrem uma moderada influencia 36% sofrem uma leve influencia e 5% não sofrem influencia da mídia. Por características que não cabem serem aprofundadas neste artigo, mas que merecem uma ponderação, a mulheres apresentaram uma maior propensão a este tipo de influência, e que as colocam num papel diferenciado e de destaque.
    Analisando os resultados, pode-se perceber que a porcentagem em ambos os sexos para se ter essa patologia é bem significativo. Como podemos perceber o sexo feminino é o mais atingido.
    A forte influência representada pela mídia é visível, o seu poder na vida desses adolescentes é algo a ser constantemente debatido, este processo deve ser organizado principalmente pelos próprios adolescentes. A estética, o consumo, a mídia entre outros pontos não devem ser colocados unicamente como réus deste processo, porém o despertar para o controle exercido por estás áreas de conhecimento é mister no processo de desenvolvimento destes, para que eles possam de forma saudável buscar, ou usufruir deles sem que haja prejuízo para a seu desenvolvimento.
 
 
Gráfico do segundo questionário
    Neste gráfico, podemos observar que após nossa intervenção, não conseguimos modificar a visão desta influencia em 67% das adolescentes e em 33% das adolescentes conseguimos modificar esta visão.
 
Já neste gráfico, observamos em 100%, ou seja, todos continuam com a mesma visão sobre esta influencia.
    Após o evento, composto de orientação de uma psicóloga e apresentação de um vídeo, foi aplicado e recolhido os dados de outro questionário que, pela porcentagem analisada, não constatou alteração significativa, fortalecendo a ideia de que a mídia exerce uma forte influencia nos adolescentes, ainda que estes tenham registro da experiência, mas sem que a mesma tenha impactado significativamente sua relação com o consumo.
Conclusão:
 Depois de realizada a pesquisa, constituída de dois questionários objetivos, e entre eles um evento de intervenção, composto de orientação de uma psicóloga e apresentação de um vídeo pode-se apontar algumas questões que foram analisadas.
    Foi possível verificar que é necessário um investimento muito maior em relação às psicopatologias, em especial ao grupo dos adolescentes que estão sendo alvos fáceis desta indústria tão poderosa que é a indústria cultural.
    De acordo com a porcentagem de adolescentes analisada, não se constatou alteração significativa nos resultados, fortalecendo a ideia de que a mídia exerce uma forte influencia na vida dos adolescentes, pois somente assim será possível visualizar uma redução significativa desta psicopatologia.
    Ratificou-se a importância e o poder que a indústria cultural, mídia exerce sobre a vida desses adolescentes, não os deixando decidir o que querem fazer pensar, falar, ser e consumir.
    A televisão é um veículo que mais influencia em decidir o que estes adolescentes devem ser e ter, pois estes ficam na frente desta caixinha mágica de cores, e passam a querer ter, por exemplo, o que chamam de “padrão estético ideal”.
    A importância que os adolescentes dão para a moda, mídia, tudo que é comercializado não tem dimensão. Quando você chega num grupo hoje e não está “antenado”, como eles dizem passa a ser considerada carta fora do baralho. Você ter o tênis, roupa, bolsas, acessórios de maneira geral de forma um indivíduo completo, tendo todos os olhares em volta de si. Este pode ser um dos principais motivos que fazem com que os adolescentes não consigam enxergar a grande influencia da mídia em suas vidas.
    Relacionando essas questões com a escola e em particular com a área da educação física, o profissional não pode deixar de lado o que está ocorrendo. Este profissional tem uma importante função a de unir de forma crítica a cultura corporal, propondo uma discussão sobre a mídia, em busca de certos pontos, para uma reflexão.
    O profissional de educação física deverá está preparado para encarar estes desafios, sendo um mediador entre a indústria cultural e seus alunos, quando reflexões e discussões são necessárias, não ignorando a importância do veículo de comunicação, pois se podem utilizar as mais diversas informações transmitidas pela mídia em favor da educação desses alunos, basta conciliar essas questões.
Referências:
ADORNO, Theodor. Indústria Cultural e Sociedade. Editora Paz e Terra, 2009.
BAUMAN, Zygmunt. Amor Líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos. Tradução Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar ED: 2004.
BENJAMIN, Walter. A obra de arte na época de suas técnicas de reprodução. Tradução Sérgio Paulo Rouanet. São Paulo: Abril Cultural, 1983.
CASTRO, L. R. Crianças, jovens e cidades. Subjetividade e Cidadania. Rio de Janeiro. Faperj / 7 letras: 2001.
Coleção primeiros passos. O que é Indústria Cultural, Editora Brasiliense.
HALL, Stanley. Adolescência: sua psicologia e sua relação com a fisiologia, sociologia, sexo, crime, religião e educação. Tradução WALL. W. D. Rio de Janeiro, 1904.
MORIN, Edgar. Cultura de Massas no século XX. Volume 1. Neurose, editora Forense Universitária. Rio de Janeiro: 1997.
FERREIRA, A.B. H. Novo Dicionário (Aurélio) da Língua Portuguesa. 1ª ed. 15ª impressão. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1975.
Site da sociedade brasileira de cirurgia plástica: pesquisa 2009. http://www.cirurgiaplastica.org.br/publico/index.cfm acessado em 10/06/2010

 

Resumo

As mídias sociais, como a internet e a televisão, tentam alienar os adolescentes e transformá-los em alguém que não são, buscam dominar a mente, mostrar o que é certo e bom para eles, dizem o que eles têm que comprar, vestir, pensar, com quem andar, e o que ser. Com isso os adolescentes perdem o senso crítico, e passam a se preocupar com coisas supérfluas.
A oneomania até então uma doença comum entre os adultos, é atualmente muito conhecida também entre o grupo jovem. Os dados recolhidos de pesquisas relacionadas a essa doença são alarmantes, revelando o grande poder que a mídia tem de induzir ao consumismo e ao modismo.
O padrão de beleza mostrado pelos meios de comunicação fez aumentar o índice de jovens com bulimia, anorexia e vigorexia.Com a preocupação exagerada com o corpo os hábitos saudáveis são esquecidos. Nunca viram números tão altos com a procura de cirurgia plástica para menores de 18 anos.
A pesquisa mostra que as adolescentes são mais influenciadas do que os adolescentes. É possível analisar que a uma necessidade de maior atenção e atuação para com este grupo, sem perceber estão sendo influenciados cada vez mais.

Referência 2 -

A influência da mídia na vida dos jovens
O enfraquecimento da personalidade e influência da mídia na vida dos jovens brasileiros...
Quinta-feira, 4 de outubro de 2007
 A TV transmite uma mensagem de que o famoso ou bem sucedido é o bem feliz, bem bonito, bem dotado e bem afortunado, mas muitas vezes é bem mal informado, pois uma mensagem televisiva nem sempre expressa à realidade.
               A insatisfação dos jovens brasileiros com o próprio corpo e com a sua condição social é imensurável e demonstra ser um sentimento crescente. A busca por uma posição de destaque, de superioridade ou de onipotência é uma marca deste século, processo involutivo [Sic] se contrastarmos com a inoperância e conformismo dos jovens frente aos problemas sociais da atualidade.
              Essa nova filosofia de vida, de insatisfação pessoal permanente, como se algo quase que inalcançável faltasse, priorizando-se o “eu”, é utilizada como mecanismo eficiente pela TV brasileira para venda de seus produtos, resultando na formação de uma nova juventude, onde a prioridade é a conquista da fama, do sucesso e dinheiro, consequentemente de uma suposta felicidade ditada pela TV.
            À influência dos programas de TV começa desde cedo, na infância, sequer espera, não se restringe à adolescência.
            Não é de se espantar que sejam realizadas inúmeras pesquisas por grupos de estudo, instituições internacionais, pela Igreja e missionários que tentam desvendar qual a influência dos programas televisivos no comportamento dos jovens, defendendo teses de que a TV passa uma mensagem oculta de incentivo ao sexo, violência, homossexualismo e, até mesmo, para os mais radicais, apologia ao “DEMO”.
Em outubro de 1998, a Organização das Nações Unidas (ONU) realizou uma pesquisa sobre os desenhos animados transmitidos pela televisão brasileira com o objetivo de medir a quantidade de violência passada para as crianças. O resultado foi assombroso, pois de acordo com a pesquisa, uma criança brasileira que assista a duas horas diárias de desenho animado estará exposta a 40 cenas de violência explícita, já em um mês, seriam 1.200 cenas e, num ano, pasmem, seriam 14.400 cenas de pura violência sendo produzidas dentro da própria sala de estar das nossas casas.
Dentro deste cenário o que mais nos tem estarrecido ao analisarmos o comportamento do jovem, não é apenas a influência direta da mídia no comportamento violento dos adolescentes ou a atividade sexual precoce, que começa desde a infância como acima exposto, mas sim a incansável busca por um lugar no mundo dos famosos, como se este fosse o passo final para a felicidade.
 A presença da TV nas casas e nas escolas não é mais com fins informativos, mas sim posta-se como fato social permanente e irreversível... “‘Imagem é tudo!’ – esse é o conselho que ouvimos todos os dias: é preciso não apenas ser, mas ‘parecer ser’; e se não pudermos ser, que nos esforcemos para parecer, e isto até pode bastar, porque cultivar a imagem (de si mesmo, de um produto, de uma ideia) mostra-se como algo tremendamente produtivo. Basta lembrar como ocorrem as campanhas políticas ou as performances públicas dos governantes, especialmente como um país como os Estados Unidos da América.” 
A comunicação audiovisual não é mais um simples mecanismo informativo, não é mais um simples meio de comunicação onde se mostra o que aconteceu, mas sim é uma “instância da cultura que deseja oferecer muito mais que informação, lazer e entretenimento”), mostra-se como instrumento de comunicação que está acima do bem e do mal, como se fosse imune a críticas. Este poder de fazer a verdade, onde se explora a desgraça de miseráveis que acreditam que a única verdade dos fatos e o único lugar onde a justiça pode ser feita estão em programas como Linha Direta (Rede Globo) ou Cidade Alerta (Rede Bandeirantes), lugares onde os apresentadores são os verdadeiros “justiceiros”, onde a incoerência e inconsistência das colocações são interpretadas como soluções dos problemas. 
Esta estratégia da TV de se mostrar inquestionável é extremamente eficaz, resulta numa falsa opinião pública, que na verdade acaba expressando um desejo, não mais da sociedade, mas sim do poder concentrado da mídia.
 A insatisfação dos jovens com a própria imagem e com o que possuem leva-os a buscar mais, algo que tem sido oferecido pela mídia e só ela pode tornar realidade, por esta razão nós presenciamos o fenômeno da “cópia”, ou seja, não há mais originalidade no comportamento dos adolescentes, principalmente quando abordamos o “parecer ser”. Não enxergamos mais jovens brasileiros, mas sim jovens “americanos” com um ofuscado vínculo com nosso país, tamanha a influência norte-americana no comportamento dos jovens brasileiros, principalmente no modo de se vestir. Quando saímos pelas ruas nos deparamos com inúmeros candidatos a rapper, esta moda “bad-boy” americana está calcada na conquista da fama rápida, dinheiro, violência e sexo fácil,      características que são almejadas pelos jovens brasileiros, fenômeno também presente no estilo dos carros, onde imagem é tudo, principalmente o rebaixado com vidros fume e sons potentes, expressando um ar desafiador.
Hoje, o mais eficiente caminho de se tornar público é estar na mídia, “estar lá como destaque, como grande astro, ou então como simples mortal que de alguma forma conheceu o sucesso, a ‘grandeza’, o ‘heroísmo’” Este apelo à quebra da intimidade é um recurso utilizado com muita frequência de forma exemplificativa podemos citar o programa do Jô (Rede Globo), percebe-se que não há um momento em que o apresentador não deixe de apelar a este recurso, seja questionando o auditório, o entrevistado ou até o público de casa com perguntas sobre sexo, homossexualismo ou fetiches, tudo gira em torno do desafio de desvendar o que acontece na intimidade das pessoas.
O enfraquecimento da personalidade, conforme fenômeno da “cópia” citado, onde ser famoso significa ser aceito pela mídia, custe o que custar, encontra-se presente no comportamento dos jovens brasileiros da atualidade, principalmente quando encaram isto como meio único de serem felizes e realizados. Tal forma de comportamento acaba “amputando” valores dos jovens que a sociedade espera que não pereçam frente a uma mídia manipuladora, principalmente quando são depositadas expectativas de mudança, que muitas vezes apenas podem ser concretizadas pelos jovens. Esta inoperância que tem se constatado, influencia negativamente todos os níveis da sociedade, por esta razão necessitamos do desenvolvimento de uma metodologia que objetive ensinar a criticar de forma objetiva o que se transmite pela televisão referindo-se aos modos pelos quais social e historicamente vimos sendo “amputados”, impedidos de ser, propôs que nossa resistência talvez seja imaginar que cada um de nós tem, na verdade, ‘três metros de altura’, que podemos desejar mais, ir além; que, afinal há algo acima, além, dê-se a isso o nome de se quiser dar”.
  Podemos resistir às incursões mentais feitas pela TV, podemos criticar e manter nossa originalidade.
   Este comportamento pode ser trabalhado com os jovens, desde que comece nas séries inicias e seja um trabalho constante. 
   O inaceitável conformismo social, muito mais presente hoje nos jovens, por causa da priorização do “eu”, transmitida pela TV e também por estarmos vivendo um processo de transmissão de massa onde a mensagem principal é que do modo como estão as coisas não podemos mudar, devemos aceitar calados, oprimidos. 
  Os recentes programas televisivos criados pelas emissoras de televisão brasileira incentivam a involução cultural e comportamental dos jovens, fortalecem o processo de opressão, onde a TV ao invés de informar o que é, passa a dizer como devem ser feitas as coisas. 
Ao mesmo tempo que se mostra um brasileiro que venceu na vida de forma honesta e com muitas dificuldades, nunca deixam de lembrar que ser modelo e jogador de futebol é mais fácil e financeiramente mais rentável. 
Esta influência está também fundamentada na constante priorização pela TV do corpo, sua perfeição e na necessidade de ser perfeito fisicamente e ter uma virilidade incontestável.
Comportamento este encontrado em crianças que, mesmo aparentando certa inocência, não vislumbram outra coisa a não ser dinheiro e fama, moda e luxo, violência e sensualidade.      
  Chegamos a um ponto em que o pudor feminino começa a ser substituído pelo frenético, incontrolável e ilimitado assédio masculino, que sonha com seios e bumbuns milimetricamente perfeitos. É o processo em que a TV dita o que deve ser assistido, oprimindo a personalidade e a liberdade de escolha dos telespectadores. 
A fama resulta como uma espécie de motor que rege a mente dos jovens, vítimas de uma programação, vislumbrando criar um novo homem sem dar muitas opções. Esta falta de escolha pode ser facilmente constatada se levarmos em conta que a grande maioria dos lares brasileiros não têm internet e muito menos TV a cabo. 
Encontramo-nos adstritos a assistir programas como o que transforma simples brasileiros em famosos, sendo assim, transmitem a mensagem de que alcançaram a felicidade e o sucesso (Ex.:Big Brother – Rede Globo), ou em assistir novelas que se estruturam numa produção semelhante à mexicana e que transformam a traição em exercício diário e a raiva de um ser por outro num toque sedutor (E.:Canavial de Paixões - SBT). 
Esse fenômeno, ou seja, esta presença inafastável [Sic] da TV na escola e lares, não pode ser encarada, precipitadamente, somente de forma negativa, pois a TV tem se mostrado também um meio de comunicação eficiente na educação pública, em casos específicos e isolados. Podemos citar como exemplo a Rede Vida, Canal Futura, Globo News e TV Escola, programas que têm servido como orientadores de professores e instituições.
Entretanto, não basta ser a TV simples orientadora, deve ser também objeto de uma análise crítica e objetiva por professores e alunos, interpretando-se o enfoque, a abrangência e o endereçamento dos programas, viabilizando um processo onde jovens possam escolher o que assistir de forma consciente, comportamento este já cristalizado em países Europeus. Ressalte-se que os benefícios da TV não são objeto deste trabalho, mas sim o fenômeno individualizado da influencia que a TV exerce na felicidade dos jovens, através da ideia de que ser famoso é tudo. De qualquer forma, destacamos que, embora sendo um meio auxiliar importante de educação, as professoras e professores ainda não estão preparados para “dirigir-se à ‘criança telespectadora’, para comunicar-se com o adolescente nascido, criado e ‘alfabetizado’ pela TV.
Mesmo com tantos adolescentes candidatos ao estrelato, ainda estamos convencidos de que a fama não é a panaceia para os desafios da juventude brasileira, não é só o sucesso na mídia, tão bem trabalhada pelos produtores de TV, que traz felicidade, mas sim a consciência de definir o que é suficiente para desfrutar simples momentos da vida. Não nos referimos ao simples conformismo, mas sim à simplicidade, é fácil ser feliz, basta buscar o possível e não deixar ser influenciado ou alienado pelos sonhos dos outros. A TV incute uma mensagem de que o famoso ou bem sucedido é o bem feliz, bem bonito, bem dotado e bem afortunado, mas muitas vezes é bem mal informado, pois uma mensagem televisiva nem sempre expressa à realidade.
Referências
FISCHER, Rosa Maria Bueno. Televisão & Educação, Fruir e Pensar a TV. Editora Autêntica, Belo Horizonte – 2001.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Esperança. Um reencontro com a Pedagogia do Oprimido. Editora Paz e Terra, São Paulo – 2000.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários à prática educativa. Editora Paz e Terra. São Paulo – 1999.
ZANGONEL,Bernadete. MÚSICA, MIDIA E EDUCAÇÃO. Artigo publicado no Jornal Gazeta do Povo, Paraná, em 07/05/2001.
Koogan/Houaiss. Enciclopédia e Dicionário Ilustrado. Edições Delta, Rio de Janeiro – 1997.
 

Resumo

A mídia consegue enfraquecer a própria personalidade dos jovens atuais, os fazendo acreditarem que precisam ser famosos, bonitos e bem dotados para serem felizes, e assim, fazem esse público comprarem seus produtos e torná-los clientes e telespectadores.
    Então, a mídia consegue desde a infância de esses jovens passar mensagens às vezes escondidas, o que facilita a fixação delas. Os desenhos, por exemplo, foi pesquisado e contatado que, passa para as crianças muitas cenas de violência em poucas horas. Imagina como vai ser essa criança quando virar um Jovem?
    A TV ainda convence seus telespectadores de que ela é quem fala a verdade, fazendo-os acreditar convictamente em tudo, assim os jovens não têm mais opinião própria e sim as da própria mídia, tendo que aceitar calados e oprimidos. Por consequência, esses seres ainda em formação começam a fazer cópias do que eles 'querem ser' que é o que a mídia passa para eles, tirando de cena a originalidade das personalidades.
     Portanto, a fama vira para os jovens uma maquina que rege a felicidade, que traz tudo desejado e sonhado, e como certas emissoras trazem pessoas ‘normais’ para a telinha e ainda relatam isso, só alimentam mais esse ‘sonho’ de que a fama é TUDO que tem de melhor e que é possível e pode ser fácil virar um famoso.
 

Referência 3 –

30/09/2011 05h15 - Atualizado em 30/09/2011 08h46
Dez anos de iPod: será que ele está nos tornando antissociais?
Uma década após sua criação, especialistas discutem o efeito da tecnologia sobre o indivíduo e a comunidade.
Faz dez anos desde que o iPod foi criado. Devemos celebrá-lo? Ou será que o tocador de mp3 está nos tornando antissociais?
 
Quem usa transporte público certamente reconhecerá a cena: ônibus ou vagões de metrô cheios de pessoas com fios saindo dos ouvidos. Nem as crianças escapam.
Houve um tempo em que jogadores de futebol jogando fora de casa se reuniam para jogar baralho, cantar ou conversar no ônibus.
Hoje, muitos saem do veículo usando fones de ouvido. A viagem se tornou um desfrutar solitário de suas coleções pessoais de músicas ou filmes. Corredores, ciclistas, até nadadores treinam com fones de ouvido.
O "estéreo pessoal" está no mercado há três décadas. Mas o iPod – o tocador de mp3 mais vendido do mundo – expandiu os limites da tecnologia original de forma antes inimaginável. (Você se lembra dos bojudos e pesados Sony Walkman e Discman?)
Problema de imagem
Onipresente, a cultura do fone de ouvido é com frequência associada a uma geração de jovens mimados, egoístas e desprovidos de valores cívicos. Em 2007, quando marinheiros britânicos foram aprisionados pelo governo do Irã, acusados de terem invadido suas águas, um deles admitiu ter "chorado como um bebê" quando os captores confiscaram seu iPod. O marinheiro envergonhou a nação – disseram os jornais britânicos.
No mesmo ano, uma muçulmana britânica que atuava como jurada em um julgamento por homicídio foi excluída do tribunal por ter sido flagrada ouvindo música em um iPod escondido sob seu véu durante a audiência.
A grande preocupação em relação ao iPod é de que ele esteja tornando as pessoas antissociais. Não apenas por causa do som que vaza dos fones de ouvido, mas também pela barreira que o aparelho ergue entre seu usuário e as outras pessoas.
Para a colunista do jornal britânico "Daily Telegraph", Bryony Gordon, os jovens de hoje cresceram "plugados" e não sabem se relacionar com o ambiente que os cerca. "Eu não pararia uma pessoa usando aqueles fios brancos para perguntar o caminho", disse Gordon. Para ela, é como se eles estejam carregando uma placa dizendo: "Estou fechado".
 
As entrevistas de Bull com usuários de iPods confirmam essa percepção. Muitos disseram a ele que se ressentem se pessoas os interrompem enquanto ouvem música.
Boas maneiras
Torna-se necessário, então, estabelecer a "etiqueta" do iPod. Como devemos nos comportar quando estamos plugados? Por exemplo, deveria o usuário tirar os fones de ouvido ao falar com um vendedor dentro de uma loja? Será que ele deve tirar um fone e deixar o outro? Ou manter os dois e abaixar o volume?
A consultora do tradicional guia de etiqueta britânica Debrett's, Liz Wyse, disse que os dois fones precisam ser retirados. "É humilhante para o vendedor de uma loja se você não pode sequer tirar os fones de ouvido", disse.
Porém, fazendo uma reflexão sobre os desafios da convivência em espaços públicos hoje em dia, Wyse defende o iPod como uma forma de se neutralizar um aborrecimento ainda maior: o telefone celular. "O iPod é brilhante em trens. Senão você é forçado a ouvir as conversas altas das pessoas no celular".
O psicólogo Oliver James disse que a relutância das pessoas em tirar os fones de ouvido mostra quão autocentrado e atomizado é o homem contemporâneo. "Será que vou sair da minha bolha? Até que ponto vou ceder à realidade externa?". A verdade é que o iPod se encaixa nos nossos desejos modernos, disse Bull. "Pode ser solitário viajar em espaços públicos e a música traz um calor à experiência".
O problema é que enquanto o indivíduo se sente aconchegado – e até mais seguro, apesar de incapaz de perceber a aproximação de um possível agressor – a esfera pública fica mais fria e menos acolhedora.
Sinal dos tempos
Bull argumenta, no entanto, que o iPod não provocou esse estado de coisas, apenas reflete uma tendência. "A presença de pessoas perto de você na rua não é reconhecida como uma forma de convívio social nos tempos de hoje", disse.
"Vivenciamos a intimidade a partir das relações com as pessoas que amamos e estão perto de nós ou com aquelas que estão ausentes mas presentes em sites de bate-papo ou na mídia social".
Defendendo sua criação, o inventor do precursor do Walkman, Andreas Pavel, disse que nunca teve a intenção de isolar as pessoas do mundo exterior. Ele explicou, inclusive, que sua patente incluía um microfone que, sem gravar sons, permitia que o usuário ouvisse o mundo à sua volta junto com a música.
A patente também previa quatro entradas para fones de ouvido para que as pessoas pudessem ouvir música em grupos. As duas inovações não foram adotadas pela Sony.

Resumo

Depois de 10 anos da criação do iPod, vem uma reflexão se ele está ao nosso favor ou nos tornando antissociais.
As pessoas que usam transporte coletivo são as que mais utilizam esse aparelho, entre elas estão as crianças.
É comum vermos pessoas usando fones de ouvido, quando saem de um veículo, viajando, correndo, até mesmo atletas utilizando-os enquanto realizam seus exercícios, é um prazer solitário com as suas seleções de musicas e filmes.
A grande preocupação com o iPod é que ele esteja tornando as pessoas antissociais, não pelo som, mas pela barreira que o aparelho tem entre o usuário e as pessoas.
Hoje os jovens crescem plugados, não se relacionam com o ambiente que o cerca e não gostam de ser interrompidos quando ouvem músicas.
Especialistas afirmam que é preciso estabelecer boas maneiras, ter comportamento adequado para cada situação. Eles citam, por exemplo, que no transporte coletivo o iPod é brilhante, para não ficarmos ouvindo conversas alheias e também de pessoas falando ao celular.
Enquanto o indivíduo se sente aconchegado e seguro, fica incapaz de perceber alguém que o possa agredi-lo à sua volta.
Bull reflete uma tendência: as pessoas que estão perto de você na rua, não são reconhecidas na forma de convívio social nos dias de hoje.
O inventor do walkman, Andreas Pavel, disse que nunca teve a intenção de isolar as pessoas do mundo exterior, mas que ela ouvisse o mundo à sua volta.



 

ANEXO B – FÓRMULAS DAS TABELAS

N: total de elementos da amostra
 
Frequência de Classe (Fi): Distribuição dos dados da amostra em categorias.
 
Frequência relativa percentual (Fri%):Frequência da classe dividida pelo total de elementos da amostra em porcentagem.
 
Frequência acumulada (Fac): É a frequência total de todos os valores inferiores ao limite superior de um dado intervalo de classe (incluindo o intervalo dado).
 
Frequência acumulada percentual (Fac %):
 
 
Amplitude do ROL:O maior valor da amostra menos o menor valor desta.
Comprimento de classe:
 
Média: Razão entre a soma de todos os valores da amostra e o número de observações.
 


Onde: A=ponto médio da classe com maior frequência da amostra.
Mediana (Me): é o valor que ocupa a posição central do ROL.

Moda (Mo): É o valor que ocorre com maior frequência na amostra.
 
Desvio Padrão (DP):


 

ANEXO C - ESCOLAS ENTREVISTADAS

 

Fachada do CTI de Bauru


 
Fachada da E. E. Antônio Guedes de Azevedo de Bauru
 


Fachada do SESI-358 de Bauru


Fachada do GBI de Bauru
 


Fachada da E. Prof.ª Ephigênia C. M. Fortunato de Bariri


 

REFERÊNCIAS

- Revista Digital. Buenos Aires, Ano 15, Nº 149, Outubro de 2010

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